segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Changes - Cap.III

- Ei, ao menos podes dizer-me como te chamas?
- Margarida, chamo-me Margarida.
- Margarida quê?
- Margarida Reis.
Depois foi-se embora. Fiquei a olhar para os seus cabelos, uma trança espinha de peixe e para o seu vestido, que balouçava com o vento. Eu queria que ela fica-se comigo mais um pouco mas não deu. Ela simplesmente foi-se embora e fiquei bastante atrapalhado. Mas pronto. Agarrei na mala e fui para a sala. Ia ter biologia, e quando lá cheguei ainda não estava lá ninguém, nem o professor então fui para a sala dos professores. Deserta, não estava lá ninguém. Mas o que se teria passado? Todos tinham desaparecido... era muito estranho, por isso fui para o portão da escola. De repente, vi montes d gente, alunos, contínuos e professores. Desatei a correr e foi aí que vi...
Ela estava deitada no chão, com um montão de gente a cercá-la.
- Saiam daí!! Não vêem que ela assim não respira bem?!
Deitei-me ao lado dela e peguei-lhe ao colo, metendo os braços dela á minha volta.
- Alguém sabe como ela se chama? - perguntou uma professora.
- Margarida Reis, ela é da minha turma. Eu vou leva-la a casa, de certeza que ela terá a morada numa agenda qualquer.
Fui-me embora, sem pedir qualquer autorização a alguém, nem a professores nem a contínuos. Ao longo do tempo consegui finalmente encontrar a rua, depois de andar e andar e andar com ela ao colo. Depois, encontrei a casa dela. Era uma enorme vivenda, com um grande quintal, 2 andares, garagem e piscina. Bati á porta e abriu-me uma senhora.
- Menina Margarida! Quem é você e o que faz com a menina Margarida?
- Olá, peço imensa desculpa, eu encontrei-a á porta da escola assim e como ninguém fazia nada eu trouxe-a. Ela da minha turma, eu sei a rua porque procurei algo com a morada na mala dela.
- Oh menino, obrigada, entre, entre, a mãe da menina Margarida não está em casa, está em casa de umas amigas por isso pode entrar não á problema algum.
Entrei na casa e fiquei de boca aberta. Aquilo era um palácio. A casa era enorme, bastante colorida e aberta, com muito sol a entrar pelas janelas e bastante acolhedora.
- Pode pôr a menina aqui por favor.
- Ahh, as minhas costas... assim ela está bem?
- Sim, sim, quer algo para beber e comer, é um presente por ter trazido a menina Margarida a casa.
- Oh, não é preciso obrigada, eu estou bem assim...
- Não, não, eu faço um bolinho de chocolate com nozes e um sominho natural de laranja.
- Se insiste, tudo bem.

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